domingo, 22 de julho de 2007

Não quero mais acordar

Na madrugada, embriagado, adormeço
Sono tranquilo, necessário, descanso
Sonhos que vem e se vão, sem explicação
Fantasia e invenção, de um cidadão
De repente ela aparece
Meu coração agradece
Realiza-se minha prece
E o seu sorriso é um sonho
Daqueles mais bonitos e difíceis de explicar
Mas ainda não passa de um estranho
Ainda não sei quem é ela de verdade
Ora, isso não interessa pro meu coração
Ela beija o meu rosto, de um jeito singelo
Olho para ela como se eu fosse criança
Vivendo toda a alegria em um só instante
Encantado com a leveza de seus lábios
Eu queria conversar mais
Mas bastou um simples beijo
E descartei todas as vogais
A emoção é tão forte
Mas isso foi a morte
Despertei sem entender
Para aonde se foi aquele ser
Ficou apenas nas lembranças
Alimentou minhas esperanças
Gostaria de voltar a dormir
E nunca mais partir
Não quero mais acordar
Enquanto ela não voltar

terça-feira, 3 de julho de 2007

Discreto Broto

No imenso jardim da diferença
Onde nada é igual e tudo é único
Onde você se identifica com todos
No jardim dessa imensa Nação
Com tanta diversidade, algo chama a atenção
A flor que não mostra nenhuma de suas pétalas
A semente imersa na terra, sem querer nada
Discreto broto que rompe o solo, em busca de mais sol
O vento Zumbi e ela dança em transe
Não há porque se mostrar o que já é evidente
O brilho do sol é o mesmo
Mas já não o enxergo igual
Imagino a intensidade daquele ser
Tão misterioso, que seria impossível esquecer
Não há parâmetro, ou racioncínio algum para descrever
Me arrisco apenas a escrever
Estes versos insensatos, em pleno amanhecer
Fantasiando uma chance de lhe rever
No momento isto é tudo que posso querer
Uma chance para lhe entender