Na frente do bar
Tio Celso tinha pouco na vida
Mas viveu de um jeito que queria
Ele não tinha tv na sala
E disso ele muito se gabava
Muleque, eu não tive poder
Muleque, eu vivi com prazer
Nem sempre soube o que é viver
Muleque, isso se deve aprender
Teve um amor imenso e intenso
Sua casa tinha cheiro de incenso
Ele disse que isso era costume dela
Relaxa enquanto a fumaça sai pela janela
Muleque sai dessa ladeira em construção
Quem a sobe vive uma eterna ilusão
Seus sonhos são feitos a partir de uma novela
Esse atalho lhe dará uma grande sequela
Na rua cada garrafa vazia
Persistindo sempre a cada dia
Incomoda a ninguém na frente do bar
Vida e nostalgia poderá lhe contar
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