terça-feira, 7 de agosto de 2007

Na frente do bar

Tio Celso tinha pouco na vida
Mas viveu de um jeito que queria
Ele não tinha tv na sala
E disso ele muito se gabava

Muleque, eu não tive poder
Muleque, eu vivi com prazer
Nem sempre soube o que é viver
Muleque, isso se deve aprender

Teve um amor imenso e intenso
Sua casa tinha cheiro de incenso
Ele disse que isso era costume dela
Relaxa enquanto a fumaça sai pela janela

Muleque sai dessa ladeira em construção
Quem a sobe vive uma eterna ilusão
Seus sonhos são feitos a partir de uma novela
Esse atalho lhe dará uma grande sequela

Na rua cada garrafa vazia
Persistindo sempre a cada dia
Incomoda a ninguém na frente do bar
Vida e nostalgia poderá lhe contar