sexta-feira, 28 de outubro de 2005

olhos de castanha

olhos de águia cores de disco voador...
a cabeça toda voa, subo alto esqueço a dor..
descendo a rua, ela vem.. nua...
em pêlo, ao vê-lo não creio, perdi...

o rumo das coisas, as águas passadas,
a sede do gado no deserto de imagens...
q foram pra onde?
eu sigo agora... sem hora.

a guera q cria a paz se desvia
nuvens de fogo, risadas sem rima..
o mundo perdido, a vida se via..
nuvens de fogo.. hiroshima.

passa a dor escorre o suor,
o sol queima a pele, me sinto pior...

todos estranhos, todos em casa
eu nessa rua, perdido e sem asa.

voando, o pássaro vai..
correndo o cachorro cai.
em sí de tanta glória..
e vc dormindo.. não tem escapatória

fundo no mar da tranquilidade
afundo no canto da cidade...
me esquivo da fogueira da vaidade
afundo procurando qualidade..

Então eu grito alto e peço pra voltar...
Nesse mundo louco em q todo mundo apanha..
pego uma brisa e deixo ela me levar..
e me abrigo em teus olhos de castanha.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

o retorno

O brilho do sol me faz lembrar
dos dias em que vivia em integra paz
era mais uma aura intombável
como as dos nosso grandes heróis
moldados nas estátuas das praças públicas
pichados, cagados, esquecidos, trincados
sua aparência não parece boa
nem sei mais quem foram
Agora todas as noites me reviro nos lençóis

temendo o meu próprio futuro
me achando um tanto inseguro
deixo de lado meus desejos
e procuro algo que me diga o que fazer...
Poupem! Poupem e esqueçam um pouco do prazer...

Roubem! Roubem e se garantam como puder...
Não se esqueçam de seguir os exemplos da tv
Essa será a nova definição do perfeito você
não corro mais no meio da chuva

para não molhar minha camisa nova
quem sabe, logo isso irá passar
e não será preciso enfrentar
me acho tão esperto

me descuido de sua tolice
e esqueço que não sou você
por mais que eu seja uma cópia
e busco o que todos querem
me acabando, como eles querem
até me tornar alguém como o Ninguém