terça-feira, 18 de julho de 2006

Sentido?

Estarei falando só de mim, porque não quero menosprezar o sentido de ninguém, apenas expressar o meu, embora vocês também possam se identificar...

Sabe, hoje em dia vivo diria que uma vida exemplar, com meu emprego, estudos, família, amigos, tudo mais que você possa pensar e olhar em volta, porque é uma vida exemplar, a maioria a segue.
A questão é que querendo ou não, estou estável, estou bem, muito bem. Mas na verdade me sinto como um cavalo, que tem aquela coisa na cabeça, antolho, que faz com que se olhe apenas para frente, não permitindo que veja o que ocorre ao redor. Por ironia, o meu antolho anda meio velho e estou enxergando aquilo que não é para se ver.
Estou me sentindo mais um, mais um número, registro, eleitor, trabalhador, companheiro, mais um assim como eles me chamam.
Vejo muitas coisas ruins acontecendo ao meu redor, mas não comigo, porque tá tudo beleza para mim, mas independente, ver outros sofrendo e outros se safando está me deixando meio perdido.
Não sei se devo atacar os safados ou acolher os sofridos.

A minha alma grita, esperneia, faz de tudo comigo, e eu simplesmente a ignoro. Porque?
Puro medo, pois apenas alguns outros vão atrás disso e geralmente seu final não é feliz, o problema não acaba, o cara deixou de viver... Não, pensando bem, o cara viveu uma coisa que ele acreditou e tentou, ele realmente fez a diferença, não no geral, mas com certeza para algumas pessoas foi fundamental. Viveu sem a porra do medo.

Beleza do jeito que estou vou ter tudo o que meu pai disse: meu emprego, minha faculdade, meu carro, minha casa, minha família, mas lembro que quando ele dizia isso, achava tudo aquilo diferente do que queria na época, sabe aquela rebeldia que todos nós temos. Daí passou o tempo e vi que esse negócio realmente era bom, e é bom. Meu pai, minha mãe são realmente pessoas nas quais me inspiro e considero demais.
Não quero abrir mão de nada disso, mas apesar de tudo, sou impulsionado para resolver esses problemas que vejo em volta, que embora não estão me acontecendo, me deixam mal.
Vejo que não ando contribuindo para o mundo, mas apenas para mim mesmo, embora tenha muita capacidade para tal, mas eu a transformo em dinheiro para mim e força para a corporação à qual pertenço, fora disso tento desfrutar do conforto pelo qual paguei.

Bom, mas e aí o que faço?
- Participo do joguinho deles e tento vencê-los, com suas próprias regras, partidos, leis e votação. Me afundo na chamada democracia, à qual acontece o que a maioria decide. Mas não acho que a maioria decidiu viver mal para sempre, ser ofendida e enganada diariamente, ou seja a democracia são os que estão no poder defendendo seus próprios interesse disfarçados no do povo.
- Viro um revolucionário, e tento à força e união melhorar tudo, a partir do meu ponto de vista, mesmo que isso custe muitas vidas destruídas, mas para um bem geral.
- Como disseram diversos de nossos profetas "All we need is love", e pratico este ato independentemente da guerra, apenas o pacifismo e soliedariedade sem limites, no qual aos poucos mudo a vida de algumas pessoas. Me desapego de tudo que conquistei, para viver desse amor pela humanidade e pela minha dedicação e fé, farei alguma diferença, talvez me torne um herói que não pense muito em mim mesmo.
- Continuo do jeito que estou, porém utilizo meu tempo livre (que será pouco) tentando fazer a diferença.

Como sempre faço, sigo da mesma maneira, com isso na cabeça por mais alguns dias e daí me esqueço e ignoro essas coisas. Algum tempo passa, até que novamente minha alma comece a fazer escandalo de novo e eu vou pensar nisso tudo que escrevi agora.

quinta-feira, 13 de julho de 2006

It's Obvious (Syd Barret)

It is obvious
may I say, oh baby, that it is found on another plane?
Yes I can creep into cupboards, sleep in the hall
your stars - my stars, a simple cock bar
only an impulse - pie in the sky
mumble listen dolly
drift over your mind - holly
creep into bed when your head's on the ground
she held the torch on the porch,
she winked an eye

Reason it is written on the brambles
stranded on the spikes - my blood red, oh listen:
remember those times I could call
through the clear day
time - be there...
braver and braver, a handkerchief waver
the louder you lips to a loud hailer
growing together, they ('re) growing each either
no wondering, stumbling, fumbling
rumbling minds shot together,
our minds shot together...

So equally over a valley, a hill
wood on quarry stood, each of us crying
a velvet curtain of gray
mark the blanket where the sparrows play
and the trees by the waving corn stranded
my legs move the last empty inches to you
the softness, the warmth from the weather in suspense
mote to a grog - the star a white chalk
minds shot together, our minds shot together...

(Syd Barret - It's Obvious - Barret (1970))


Minds shot together, our minds shot together... You'll shine forever...