segunda-feira, 13 de junho de 2005

O mapa da minha jornada

Suspirando, levantando, olhando...
Respirando fundo e penso "Que merda! Maldição! ...Calma!"
São constantes as vezes que posso tropeçar e cair novamente...
Quando estou no chão, os sentimentos mais podres se apoderam de mim
e toda minha cólera fica evidente em minha face,
os ferimentos doem e ardem, as lágrimas e o sangue afundam no solo seco
mas após a tempestade, eu os costuro e eles cicatrizam.
Esse caminho não dá mais! Tem muitas pedras, espinhos, buracos e tudo mais...
Não culpo ninguém, apenas sei que estive lá por que eu o havia escolhido
Hoje estou começando outro, sem desespero, como já vinha fazendo
aproveitando o simples prazer de caminhar
apreciando a paisagem, quantas coisas bonitas passam desapercebidas
quanto já caminhei com o Sol queimando, as gotas de chuva despencando das nuvens
morros altos que custam a subir, e me apressam a descer
meus princípios parecem sólidos e fortes
mas bastam alguns ruídos para eles começarem a se dissolverem
ruídos tão atraentes, uma melodia tão interessante
prazerosa como o canto das sereias
apenas para enganarem os homens do mar e os derrubar
e eu que pareço o estranho por não me deixar levar
é fácil se perder, às vezes até quero...
quero mesmo chegar a algum lugar sem pressa e não empacar no meio
pois tenho a ilusão que esse lugar tem o que me falta.
Não me siga pois você já deve ter isso!
Ou talvez toda essa caminhada seja patética aos seu olhos
pois são os seus olhos e não os meus.
Aos que me compreendem me dê a mão e me tire da solidão...
Compartilharemos toda a nossa bagagem...
Só não me pergunte quando iremos chegar...